sábado, 25 de outubro de 2008

AS DERRADEIRAS...


França, 14 de Dezembro de 1916

Caro amigo,

Espero que esta carta te vá encontrar de boa saúde, e em boas condições financeiras pois agora já te libertaram da guerra e já tens emprego. Escrevo-te para te descrever as cenas de horror vividas aqui nas trincheiras e espero que não digas nada aos meus pais pois eles não merecem saber o que se passa por cá. Depois de tantos anos que passei ao lado deles, a ajudá-los nos melhores e piores momentos, não merecem saber isto. Viver aqui é como viver no inferno, se algum familiar te perguntar por mim (pois tu és o meu melhor amigo), diz-lhe que ainda não morri e que estou bem de saúde.
As trincheiras são «óptimas», porque fomos os primeiros a abri-las e a escolher melhores terrenos, temos caves subterrâneas onde dormimos e onde cozinhamos mas vive-se em más condições. Os ataques são constantes e há quem não resista aos estilhaços e tenha que ir para os serviços médicos. É difícil conquistar terreno ao inimigo porque o arame farpado não permite chegarmos à outra frente. Depois vêm as metralhadoras e varrem tudo e todos e são poucos os que chegam com vida ao território inimigo. De tantos mortos existentes no terreno entre trincheiras, os meus colegas deram-lhe o nome de «Terra de Ninguém».
Aqui até as paredes da trincheira têm ouvidos e temos que reparar no que falamos. Enquanto a artilharia está em actividade, a infantaria entrou em repouso mas sempre atenta a qualquer perigo vindo do inimigo. Agora que chegou o gás, não se pára e não se aguenta com o cheiro que está activo durante semanas e, por vezes, horas depois de várias explosões de gás, morremos sufocados.
Como os ataques de infantaria não resultam, chegaram novos materiais de combate, como os aviões, para espiar as zonas onde o inimigo guarda o seu armamento de guerra, os tanques de guerra e máquinas de artilharia pesada. Com as doenças vamos ficando fracos e até as pulgas, ratos e outros bichos nos perturbam o sono e nos enfraquecem a moral. Estamos cansados de tantas cenas horrorosas que provocam doenças físicas e psicológicas.
Despeço – me, com um grande abraço.

Amidel


França, 18 de Junho 1918


Querido pai,
Espero que esteja tudo bem. O meu dia-a-dia de soldado das trincheiras é ir sempre para a guerra, mesmo com muitas dificuldades de alimentação. Por vezes não há comida e tenho que comer cavalo, temos más condições de higiene, não tomo banho e fiquei cheio de piolhos e de pulgas na roupa. Acreditas que, para tirar as pulgas das roupas, tinha que com a ponta do cigarro passar em cima das pulgas para que elas pudessem morrer.Ficar um dia nas trincheiras é ficar sem descanso, no meio da guerra, atirar balas de metralhadoras, dentro de um tanque ou mandar granadas TNT.E enquanto eu descansava houve uma enfermeira que tratou de um soldado inimigo.Querido pai … têm sido dias difíceis, estes, muito difíceis, às vezes penso que me falta a força e a coragem parece desaparecer também.
Tenho muitas saudades vossas, escrevam-me assim que puderem.
Beijo do seu filho querido,


Ivan Fialho

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CONTINUAM A CHEGAR-NOS CARTAS DAS FRENTES DE COMBATE...

Rússia, 14 de Novembro de 1915

Querida Manuela,
Se estás a ler esta carta significa que ainda estou vivo, que não tive a mesma sorte que alguns companheiros meus. Só consigo sobreviver porque estou confiante em te ver outra vez.
Desde a ceia até à pernoita com honrados companheiros a serem devorados por ratazanas, que têm melhor aspecto que aquilo que nos dão como comida.
Onde estou localizado nem posso considerar o meu bem-estar pois o meu colchão é de lama misturado com cadáveres, e os meus lençóis são os seus uniformes.
Neste confronto não vejo vitória para nenhuma das vertentes, existem baixas materiais e humanas irremediáveis pelo que as duas frentes disparam com tudo o que têm até acabar as munições, após isto, segue-se a estupidez do rescaldo em que uma vertente dirige os seus soldados para contagem de baixas de outra vertente e neste momento começa o banho de sangue, e tudo o que podemos fazer é combater. Enquanto os ditos senhores da guerra, verdadeira alma do combate, se encontram noutra batalha importantíssima em que as suas armas, faca e garfo de prata, assassinam pedaços de carne assada e o sangue dessa batalha é derramado pelas uvas pisadas para formar um óptimo vinho.
Esta batalha não tem fim, espero voltar a ver-te em breve...
Beijos saudosos,

Guilherme Sá

França, 20 de Abril de 1917

Querida mãe,

Espero que estejam todos bem.
Eu estou deserto que esta guerra acabe ou que me mandem para casa são e salvo.
Todos os dias morrem companheiros meus, todos os dias são retirados das trincheiras feridos em muito mau estado. Tanta gente a sofrer por terem morto o herdeiro ao trono Austro-Húngaro.
Aqui falta tudo. A alimentação é horrível, só comemos sopas de legumes, ainda por cima sem gosto. Os legumes são tão rijos que parecem arame farpado.
Sem falar na higiene. Há quem tenha piolhos. Quem tenha sido mordido por carraças, ficando depois doente. As enfermeiras ficam com medo de cuidarem de nós por causa dos piolhos.
Mas tenho a certeza que tudo irá acabar bem para mim e que voltarei brevemente para o pé de si. Tenho muitas saudades suas.
Reze por mim, assim como eu rezo por si.
Beijos do seu filho que a adora.

António Silva


França, 25 de Setembro de 1917

Querida Mãe,
Estou a mandar esta carta para vos informar que estou com muitas saudades vossas e que não sei se vou poder mandar outra carta porque muitos dos meus colegas estão a morrer e nunca sabemos quando chega a nossa hora.
Não estava à espera que a guerra das trincheiras fosse tão sangrenta, tem mortos e feridos por todo o lado. Os soldados aliados estão desesperados com a morte dos seus homens porque os adversários são muito destemidos, apesar de também morrerem muitos dos seus soldados.
Muitos beijos e saudades.
Do vosso amado filho,

Edson Patrick

França, 10 de Setembro de 1917


Queridos pais,
Espero que esteja tudo bem convosco…
Aproveitei a oportunidade, do inimigo ter cessado fogo, para vos poder escrever, pois, não sei quando voltarei a ter oportunidade para tal.
Isto, por aqui, está péssimo, parece que estamos no inferno.
Por vezes passamos noites e dias sem dormir, sem comer, nem beber, passamos muito mal, esta é a verdade.
Já morreu muita gente devido a esta guerra, infelizmente, já morreram muitos amigos meus verdadeiros, pessoas que vêm para aqui sem estarem, devidamente, treinadas para tal acontecimento.
Só espero voltar a poder escrever-vos novamente, pois nem sabem as saudades que eu tenho de casa, gostaria imenso que esta guerra acabasse e eu pudesse voltar para casa.
Assim me despeço de todos vós…

Beijos de carinho
saudades para todos,
Patrick



França, linha da frente, 17 de Junho de 1916

Querido pai,
Como tens passado?
Como sabes eu vim para a guerra, por livre e boa vontade, para te fazer uma homenagem e para me transformar num herói.
A vida aqui é muito diferente do que eu imaginava ser. Estou nas trincheiras, onde os combates podem dar-se a qualquer hora. Os locais a que me refiro são buracos escavados, chamados trincheiras. Pomos sacos de areia que nos deixam a salvo da mira do inimigo enquanto nós os atacamos de frente.
A terra-de-ninguém é o território que separa a nossa trincheira da trincheira dos inimigos, que não pertence a ninguém, apenas pertence às ratazanas.
Nestas trincheiras marcantes, ouvimos o som da morte, está distante e tão perto, à distância de uma bala que acaba com a vida de uma família perfeita.
O lança-chamas queima as mágoas com o calor do interior da terra e as metralhadoras distribuem tragédias.
Tornámo-nos escravos da guerra, nem homens livres nem máquinas. Apenas coisas!
A lama do campo de batalha arrasta-nos a vontade. Alguns morrem afogados, as nossas trincheiras ficaram destruídas e inundadas, cheias de lamas.
Por vezes sinto-me um verdadeiro patriota, quero levar o meu país a provar ao Mundo que não somos inferiores aos Alemães e,por isso, é obrigatório terminar esta guerra.
Mas quando há aqueles momentos de espera, eu fico a pensar que estou sozinho e ponho-me a escrever cartas para vocês. Não podia deixar de me lembrar de ti, da mãe e dos manos, claro! Quando íamos às vinhas da quinta, e as deliciosas comidas feitas pela mãe, porque a comida que fazem nos bunkers é horrível, (são os nossos próprios cavalos quando morrem e pão sem sal).
Despeço-me com muitas saudades vossas,
beijos à mãe e aos manos.

Paulo Sérgio Dias Duarte

É CHEGADA A HORA DA VOTAÇÃO!


Lê as cartas cuidadosamente e vota naquela que te parecer mais:

  • Bem redigida,

  • Profunda e realista,

  • Correcta, em termos de contexto histórico.

Como votar?

Clica na palavra comentários (que segue este texto) e regista o teu voto, identificando-te com o teu nome e turma.

A votação encerrará amanhã, dia 24 de Outubro, pelas 22 horas. Em caso de empate, a decisão final caberá ao júri máximo (profs. Helena Pereira e Rosário Vigário).


LEIAM E VOTEM!!!!


Val de Lys, 1 de Setembro de 1915

Minha querida amada,
Espero que esteja tudo bem contigo e com a nossa família.
Comigo está tudo mal, esta guerra parece o inferno, todos os dias a morte bate-me à porta.
Lá fora há um mar de sangue e partes de corpos espalhados por todos os lados.
Cá dentro, nas trincheiras, existe uma passadeira de mortos e nós, soldados, temos que caminhar por cima deles. Alguns eram grandes amigos meus.
Quando chove estas longas e tortuosas galerias ficam transformadas em verdadeiros trilhos de lama, nos quais nós temos que rastejar. Muitos ficam ali feridos e presos na lama e o pior é que ninguém os ajuda porque têm medo de morrer também.
As condições de higiene são horríveis, muitos soldados têm doenças de pele.
As nossas roupas estão cheias de piolhos que quase nos devoram. Para nos vermos livres deles temos de tirar a roupa toda e queimar os piolhos e os ovos com a ponta dos cigarros.
É assim que eu vivo no inferno.
Por favor continua a escrever-me para eu saber como estás e como está a minha família.
Espero voltar a ver-vos.
Thierry
P.S- Adoro-te.

20 de Novembro de 1915
Meu querido pai,

Não imaginas como fiquei feliz ao receber a maravilhosa notícia que a mana teve gémeos.
Vocês são a razão do meu viver, e quando recebo noticias vossas só penso em voltar para casa.
Até já pensei em fugir, mas assim seria pior arriscar-me-ia a ser condenado à morte.
Estar nesta trincheira é doloroso pois tudo aqui é muito mau, desde a comida, que é à base de pão e água, o que não nos dá muita força. A higiene aqui é escassa: as roupas são lavadas a vapor para eliminar os piolhos e o pior é a lama nas trincheiras, ainda por cima em época de Inverno.
E agora despeço-me porque está na hora de ir trabalhar naquela porcaria enlameada de que já estou farto. Mas tem que ser. Espero conseguir voltar a escrever-te.

Adeus e não te preocupes,
Miguel

Vaux, 15 de Dezembro de 1917


Querida Irene:

Então como tens passado? E os miúdos como estão? Devem estar enormes. Espero que se encontrem todos bem. Já passaram 6 meses e ainda me encontro neste sítio horrível a lutar pelo nosso país, mas a vida é assim, há que lutar pelos nossos direitos. Aqui vê-se de tudo mas o pior é ver um camarada nosso a morrer como eu vi ontem. Eu e esse camarada éramos amigos e tínhamos estado outro dia a falar de terras porque ele também gostava muito de ter a sua horta e cuidar dela. Eu, também muitas vezes, já pensei em desistir: como por exemplo pôr-me em cima dos sacos de areia, onde nós nos abrigamos, para levar um tiro em qualquer sítio e voltar para o meu país. Mas depois penso em vocês e não o faço.
Então, como vão as coisas por aí? As nossas hortas? Deves precisar da minha ajuda mas, de certeza que conseguiste resolver essa situação….tu encontras sempre forma de resolver os problemas. Tenho tantas saudades tuas, dos miúdos, enfim… tenho saudades de tudo, do meu país, dos nossos passeios de domingo em família em que vestíamos a nossa melhor roupa e íamos passear. Sinto muito a falta da tua comida. Aqui as refeições são muito fracas. Lembras-te como era um pouco gordo? Agora estou muito magro. Ao longo destes 6 meses não tenho dormido bem nem comido bem. Isto é um inferno. Está a chegar o Natal e eu não estou aí para comer os teus petiscos, aqueles que só tu fazes bem. Não vou poder estar à frente da nossa fogueira, a aquecer-nos um ao outro e, quando chegasse a meia-noite, dava um beijinho a cada um de vocês. Mas, para ser sincero, não sei se chegarei aí algum dia porque aqui morre muita gente. Hoje um camarada meu e amanhã posso ser mesmo eu, mas só Deus sabe o que acontecerá. Como estamos em Dezembro nem imaginas o frio que passamos aqui todos os dias e as fortes chuvas que caem provocam vários estragos por isso temos sempre que fazer de novo todos os dias barreiras de sacos de areia enormes para nos protegermos.
Manda um abraço aos meus amigos aí da aldeia. Um dia vou voltar para jogar às cartas com eles como jogava. Chega a hora de me despedir. Não sei se esta é a última carta ou se escreverei mais alguma vez mas espero escrever dentro em breve. Um beijinho para os nossos filhos e para ti que tens suportado a minha ausência ai na terra.

O teu eterno,
António Ferreira de Sousa

França, 10 de Dezembro de 1915

Querida mãe:

Espero que esteja tudo bem por aí.
Não sabes o quanto estou a sofrer no meio disto tudo.
Trabalhamos noites inteiras nas trincheiras, agora pergunto-me se vale a pena estas noites todas, horas de suor, quando vejo os meus amigos a sofrer.
Estou farto de passar as noites em branco e, ainda por cima, mal comemos, ou seja não temos energia para trabalhar.
Estamos fracos!!
Dormir? Muito pouco. Sonhos? Já nem me lembro o que é isso. Pesadelos? Muitos, tenho-os todos os dias pois adormeço e acordo a ouvir as metralhadoras, o barulho dos carros blindados...
Agora pergunto-me: " Nós fazemos isto tudo pela nossa terra. E eles o que estão a fazer por nós, se nem sequer um prato de comida nos dão?"
Esta é a pergunta feita por todos os soldados que aqui estão e espero respondê-la em breve assim que chegar a casa.
Estou cheio de saudades vossas, espero que os manos também estejam bem.
Por favor, tenta responder à minha correspondência.
Beijos do filho que te ama,

Lloyd Polite

França, 17 de Maio de1915


Querida irmã:
As coisas aqui estão, cada vez, piores.
Comida? Apenas pão.
Espero que vocês estejam melhores,
Porque aqui vive-se um clima de grande tensão.
Guerra:
A palavra mais ouvida.
Zelemos pela nossa terra
Pois essa é a nossa vida.
Numa nova fase da guerra,
Acabámos de entrar
Porque é pela nossa terra,
Que estamos a lutar.
Construímos trincheiras
Para mantermos a posição.
Trabalhamos nelas, noites inteiras
Pois essas eram a nossa salvação.
Cheias de corpos,
Cheias de lama
Corpos esses,
Que uma pessoa mais ama.
Novos armamentos,
Novas comunicações
Também recebemos gás
Nas nossas instalações.
Armas essas,
Que nos vieram a afectar,
Pois muitos franceses e alemães
Conseguiram matar.
Á nossa aconchegada casa
Espero chegar,
Pois ao pé da nossa família
Eu quero estar.
Sem poder escrever mais,
Só espero que respondas à minha correspondência.
Trata bem de ti e do resto da nossa família.
Beijos do teu irmão que te adora e que espera ver-te em breve!!!
Johnson Pierre



Val de Lys, 14 de Setembro de 1914


Querida Ana
Hoje encontro-me num dia não, pois cada dia que passa morre mais um irmão e a esperança de voltar para casa diminui. Ontem deparei-me com uma situação um tanto constrangedora: de longe vi um irmão ferido nas trincheiras, mas como nós estávamos cercados, infelizmente, não pudemos fazer nada porque as trincheiras ficam inundadas de água e de lama. A comida aqui não chega para todos, passo dias sem comer porque, muitas vezes, prefiro tirar da minha boca para dar a um irmão que necessita mais.
Despeço-me porque já escurece e a minha visão falha.
Beijos e abraços para os nossos filhos,
muitas saudades,

António Vieira


CONTINUAM A CHEGAR-NOS CARTAS AOS MOLHOS...




França, 20 de Maio de 1916


Querida mãe:

Recebi as tuas cartas, as quais me serviram de consolo. Há muito tempo que não te vejo, as saudades que sinto são imensas.
Mãe! Não te quero preocupar, mas estar nesta guerra é não ter um futuro, é não conseguir fechar os olhos para descansar, é chorar para acalmar, é estar aqui e não estar.
Estar aqui é só pensar numa coisa:
- Onde está Deus? Onde está aquele que se diz protector do ser humano? Na verdade estar aqui é não ter vida.
Além de todo o sofrimento tenho que estar sujeito a coisas imprevisíveis, coisas que nunca pensei sonhar.
Aqui está imensa lama porque está a chover muito. Além da chuva, também está muito frio. Ter piolhos é uma das piores coisas da guerra, é nunca estar quieto, na verdade é estar sempre com a mão na cabeça.
O que nunca imaginei foi que eu tivesse em minhas mãos uma metralhadora, foi doloroso escavar as trincheiras, a fome e a lama contribuíram para as diversas mortes. Ver os meus companheiros mortos é lamentável, mas o pior de tudo é pensar, que este pode ser o meu futuro.
Mãe! Eu tinha um sonho … que era ser feliz, mas eu já não aguento mais, é um tormento estar aqui. Por ti eu não vou desistir do meu sonho, a tua determinação dá-me força e faz-me ter esperança. Não vou perder a fé, mas deixo um adeus. Mesmo sofrendo, eu tenho mãe e quem tem mãe, tem tudo. Até um dia, se o Senhor quiser.

Com muitas saudades, do teu filho e admirador,

William


França, 12 de Abril de 1916

Querido pai:

Está tudo bem por aí?
As coisas aqui são horríveis, não há condições adequadas para um ser humano.
Bem, só espero que o Wilson esteja grande e forte e que esteja a alimentar-se bem.
Como é que ele está na escola? Antes era bastante distraído e não queria saber dos estudos para nada.
Estou com muitos saudades vossas e espero voltar a ver-vos em breve.
Agora estamos a construir as trincheiras, que se enchem de lama em dias de tempestade.
Peço-te que não contes nada desta situação ao Wilson pois não quero que ele pense que vai perder o pai como perdeu a mãe.
Sem poder escrever mais, diz ao Wilson que o adoro e que em breve voltarei para casa.
Beijos do teu filho que te adora,

George

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

AÍ VÊM ELAS... ABRE-AS DEPRESSA...



França, 12 de Novembro de 1916

Meu amor,
Nem sabes o quanto fiquei contente quando recebi os teus bolinhos de manteiga, os meus preferidos. Sei que nem imaginas o que tenho passado aqui e o quanto é doloroso estar longe de ti. O que ainda me consegue animar e me dá alegria de viver são as tuas cartas e a esperança de voltar a ver-te. Esta guerra maldita está a matar-me aos poucos, todos os dias morrem milhares de pessoas e, entre elas alguns dos meus melhores amigos já foram, sinto falta dos teus carinhos pois, aqui, estou completamente desnorteado. Não há higiene nenhuma, as roupas são lavadas a vapor por causa dos piolhos que nos atacam constantemente e que nem com o vapor intenso desaparecem. Mais uma vez te digo meu amor, estou completamente desorientado com vontade de fugir para os teus braços, mas sei que se isso acontecer serei condenado à morte. Quando estou nas trincheiras, a atacar o inimigo, sinto que a qualquer instante poderei morrer e sem nunca mais te poder tocar, abraçar e beijar. Dia após dia, a atacar o inimigo sem saber o que está a acontecer do outro lado, sem saber se já a vencemos ou ainda passaremos anos nesta trincheira. Nos bunkers choro imenso, lamento-me com os meus colegas e percebo o quanto te amo e quero estar contigo! Até das nossas discussões sinto saudades. Oh meu Deus porque sois tão injusto! A época natalícia aproxima-se e eu com esta incerteza que me corrói: se estarei contigo ou não?! Mas quero que saibas que, por mais longe que esteja, tu estarás sempre no meu coração... Espero poder responder à tua próxima carta pois aqui nunca sabemos o dia de amanhã.


Gil Santos

PS: Envia-me, se puderes, sabão e mais alguns dos teus maravilhosos doces.
Amo-te imenso.

França, 15 de Setembro de 1917

Querida mãe:

Estou cheio de saudades vossas, nem sabem como eu me tenho sentido nestes últimos dias, já cá estou há 4 meses e isto parece-se quase com um inferno...
Quando vim para aqui pensava que ia viver uma grande aventura, iria ser um grande herói por poder vestir esta farda...mas foi tudo uma grande ilusão...agora que aqui estou, estou preso, só penso na hora de tudo isto acabar e poder sair.
Há imensa falta de higiene; a comida é mínima e, por vezes, passamos bastante fome...
Às vezes estou doente mas, mesmo assim, tenho de estar em luta contra o inimigo...Não sei bem o que dizer...
Quando tenho tempo, (que é mínimo), sento-me com os meus camaradas à noite e, todos juntos, falamos sobre os maravilhosos momentos que passámos com as nossas famílias.
Enfim, isto é um pesadelo enorme e estou desejoso de estar contigo e de ver o resto da família.
Nem sei bem porque para aqui vim...
Já nem consigo pensar em mais nada a não ser em guerras, inimigos, espingardas, bombas, mortes, amigos, feridos, fome (por falar nisso, tenho imensas saudades dos teus cozinhados mãe...).
E o pai? Como tem passado? ...
Bem por agora é tudo.
Com muitas saudades me despeço de ti...
Muitos beijinhos!

André Branquinho

Vale de Lys, 23 de Dezembro de 1916

Queridos pais,
A vida aqui nas trincheiras não vai nada bem, come-se muito mal e por vezes não se come, foi uma ideia estúpida vir para aqui e nem sei porque estou eu nesta guerra, já arranjei amigos aqui mas, muitos já se tentaram suicidar, pela primeira vez, na vida toquei numa arma e numa granada. Aqui só utilizamos o telefone uma vez por ano para ligar para as famílias, esta guerra parece que nunca mais acaba.
Pai e mãe gostaria, de estar agora convosco para passar o Natal porque aqui nem natal deve existir.
Tenho muitas saudades vossas e espero não morrer nesta guerra, para voltar para vocês.

Adoro-vos.
Tiago

PS: Dá beijinhos grandes aos meus irmãos por mim…

Terra de Ninguém, 9 de Novembro de 1916

Caros familiares,

Estou a escrever-vos porque poderá ser a última vez que vos escrevo. A vida nos bunkers é muito má. Já quase não temos comida e água, nem se fala. Quando saímos para fora, só há tiros de metralhadoras, se levantamos a cabeça da trincheira e com sorte não levarmos um tiro, só vemos crateras e mortos, por causa das granadas lançadas por canhões. Eu queria muito visitar-vos, como os outros o fazem mas como estou à frente no comando, não posso. Voltarei a escrever-vos, se com sorte, já não tiver sido morto.
Beijinhos e abraços
do Rúben

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

FILMES SOBRE O TAYLORISMO E O FORDISMO

Podes também relembrar o novo método de organização do trabalho nas fábricas, adoptado nos EUA, nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX- o taylorismo e o fordismo - através de imagens e rever "Os Tempos Modernos" de Chaplin. Aproveita para visionares outros slideshows e filmes sobre Henry Ford e sobre o crescimento espantoso que a indústria automóvel teve com o seu contributo.

Questões para pensar:

  1. Esta imagem do filme "Tempos Modernos" fez história na História do cinema. Que mensagem te transmite?
  2. Quais as vantagens e desvantagens do fordismo?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FILMES SOBRE A 1ª GUERRA MUNDIAL


Uma óptima ajuda para compreenderes melhor a 1ª Guerra Mundial será pesquisares e visionares imagens e filmes sobre o assunto. Aqui no blog podes encontrar um vídeo interessante, basta clicares 2 vezes sobre a imagem do vídeo. Mas podes encontrar outros igualmente interessantes se pesquisares no youtube em 1ª Guerra Mundial. Irás encontrar também vários slideshows feitos por alunos do 9º ano de outras escolas, que te poderão ajudar bastante, pois evidenciam as ideias essenciais de uma forma simples e cativante!!
Inclusivamente poderás visionar uma aula de História muito divertida, na qual o professor canta uma canção para os alunos, que resume o assunto nos seus aspectos principais. Vale a pena ires ver!

BOM TRABALHO!!

QUANDO ESTOU A FAZER UMA FICHA DE AVALIAÇÃO DEVO...



  1. Analisar cuidadosamente os documentos (textos, imagens, gráficos...);

  2. Ler atentamente as perguntas;

  3. Elaborar a resposta com base nos documentos que analisei e ter atenção aos seguintes aspectos:
  • As frases começam sempre por maiúscula, assim como os nomes próprios,

  • O verbo tem de estar de acordo com o sujeito (em género e número),

  • A pontuação é para ser respeitada (a , separa determinados componentes da frase, o ; separa ideias diferentes os : são utilizados para enumerar um conjunto de aspectos e o . marca o final da frase),

  • As frases devem ser curtas (é mais simples e mais claro),

  • Devo evitar a repetição excessiva das mesmas palavras e utilizar o vocabulário (conceitos) que aprendi,

  • Antes de escrever devo organizar primeiro o meu pensamento, para que as frases que escrevo se encadeiem umas nas outras de forma lógica e clara;

4. Depois de terminar a ficha devo sempre reler o que escrevi para corrigir eventuais erros, completar respostas ou, até, responder a alguma questão que me tenha escapado.


TUDO ISTO RESULTA MELHOR SE ME TIVER PREPARADO DEVIDAMENTE!!!! YES!!!

O QUE DEVO E COMO DEVO ESTUDAR HISTÓRIA?!!


Aqui ficam alguns conselhos e dicas para orientares o teu estudo e preparação para a ficha de avaliação que se realizará já na próxima 4ª feira, dia 22 de Outubro.

  1. Lê atentamente o Manual, páginas 14 a 35, e faz um resumo ou um esquema das ideias principais (com a ajuda dos apontamentos do caderno, que já estão esquematizados);

  2. Resolve novamente os exercicios da ficha "avalio os meus progressos" das págs. 36 e 37 do Manual;

  3. Aplica os teus conhecimentos, realizando mais exercicios do Caderno de Actividades (fichas 1, 2 e 3).

Quando terminares o teu estudo deves ser capaz de:
  • Localizar no mapa os grandes impérios coloniais europeus no início do século XX,

  • Explicar o que significa imperialismo,

  • Apontar as razões que explicam a política imperialista adoptada pelos países mais ricos e industrializados da Europa, no final do séc. XIX,

  • Conhecer as decisões tomadas na Conferência de Berlim (1884-86),

  • Conhecer a reacção do Governo britânico ao projecto português do Mapa Cor-de-rosa,

  • Compreender as causas da 1ª Guerra Mundial – políticas, económicas e nacionalistas,

  • Indicar o acontecimento que despoletou o início da guerra em 1914,

  • Identificar as alianças militares que se formaram antes da guerra e os países que integravam cada uma delas,

  • Explicar o que significa paz armada,

  • Conhecer as fases da guerra e caracterizá-las resumidamente,

  • Referir o novo armamento usado na guerra,

  • Apontar as consequências da guerra para a Europa e em particular para a Alemanha, com a imposição do Tratado de Versalhes,

  • Relacionar a guerra com o crescimento económico dos EUA,

  • Explicar em que consiste o taylorismo e o fordismo,

  • Relacionar este novo método de organização do trabalho (modelo americano) com o crescimento económico dos EUA, após a guerra,

  • Relacionar a concentração de empresas com o aumento da competitividade na economia americana.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

MAIS CARTAS TOCANTES...

10 de Janeiro de 1917


Minha querida família,

A minha vida aqui nas trincheiras tem sido um verdadeiro inferno.
Tenho visto coisas que vão muito além da vossa imaginação. Pessoas a pedirem ajuda para não morrerem soterradas nas trincheiras devido á lama que nos tem atormentado, nos dias mais intensos de chuva. Os horrores que se passam aqui vão muito além da minha valentia. Nem queiram imaginar as noites mal dormidas que as insónias me têm pregado e, não só isso, também há os tiroteios e as bombas que me atormentam a mente e os ouvidos, cada vez que tento adormecer.
Tenho passado noites inteiras a pensar em vocês, não só o medo de vos perder como também o sentimento de culpa que irei sentir, sabendo que se morrer irei deixar dois filhos ainda pequenos e uma mulher maravilhosa.
Meus filhos e minha cara mulher escrevo-vos esta carta com a mão a estremecer enquanto a escrevo, com receio de ser esta a última que vos escrevo.
Um beijo de despedida vos deixo.

Hugo Lima

Val de Lys, 2 de Setembro de 1915

Querida mãe,
Espero que estejam todos bem.
Vocês nem sabem o que tenho estado a passar. Aqui, às vezes, passamos fome mas quando comemos, a comida é desidratada. E depois… aqueles barulhos horríveis dos bombardeamentos, dias inteiros a ouvir explodir granadas, o terrível gás asfixiante, as metralhadoras e nem me quero alongar mais em tantos horrores…
É assim com a alimentação … mas a nossa higiene é precária, quase inexistente. Como estamos muito tempo nas trincheiras apanhamos doenças e piolhos que nos mordem. Como a nossa roupa é lavada a vapor, os ovos dos piolhos ficam lá, temos que virar a roupa do avesso e matá-los com as pontas dos cigarros. Quando tomamos banho, até as enfermeiras têm medo de chegar perto de nós… para não apanharem piolhos ou outras doenças.
Temos que conviver com ratos que comem os restos de muitos companheiros nossos que morrem na terra de ninguém. Nem sabem como estou desesperado e desejo que esta guerra acabe para poder voltar outra vez para perto de todos vocês.
Tenho muitas saudades vossas. Também não sei se poderei receber ou escrever mais cartas porque não sei o que me irá acontecer.
Com carinho do teu filho,

Cláudio Borges

MAIS CARTAS INTERESSANTES


França, 18 de Dezembro de 1917



Querida Família,

A guerra é horrível! Aqui, onde estou, as trincheiras estão lamacentas e cheias de ratos. A comida é praticamente inexistente e a que há está desidratada. A vida tem sido muito difícil pois as doenças aparecem constantemente, os piolhos e as pulgas são insuportáveis, quando nós queremos combater o inimigo não podemos, pois a maldição dos piolhos e das pulgas não nos deixam fazer nada.
Na semana passada morreram vários colegas meus, ainda choro por eles, a minha mágoa é cega pelo inimigo mas a minha raiva é ilimitável, contudo nada posso fazer pois estou muito débil quase não caminho em condições.
Mas, para mim, a vossa ausência é a tristeza sentida a cada hora, minuto e segundos passados nesta guerra. Tenho saudades vossas, anseio pelo momento da nossa união mas, a cada dia que passa, parece menos provável que vos volte a ver.
Tenho várias emoções a passarem-me na cabeça neste momento: a solidão, o medo, a raiva e a depressão é o que em mim domina mas, ainda assim, a minha única energia positiva, a que me dá forças para continuar são vocês e a vontade de vos ver de novo…
Amo-vos e por vós continuarei nesta guerra até ao fim.

Até Breve!

Idalberto

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

França, 5 de Dezembro de 1917


Meu amor,

Nem sabes como te agradeço as bolachinhas que me mandaste. Nem sabes o que tenho passado aqui. É tão bom receber as tuas cartas e os teus mimos, mas a vida aqui não tem sido fácil. É uma guerra que vai acabando comigo aos poucos. A alimentação não é saudável, o nosso corpo não tem higiene, é dominado pelos piolhos, a nossa roupa é lavada a vapor e os piolhos não saem. Aqui só luto para sobreviver mas vejo os meus amigos a morrerem à minha frente… ai como é tão doloroso.
O meu dia-a-dia aqui nesta guerra é passado a sofrer com angústia e medo de morrer, as condições eu classifico-as desordenadas, nunca pensei passar por uma situação destas…. Tento fugir mas é inevitável há sempre quem me segure. Eu quando estou nas trincheiras a atacar o inimigo sinto que a morte está comigo a todo o momento e que a qualquer instante poderás abraçar-me. Passo horrores em afrontar os soldados nas trincheiras. Quando estou nos bunkers olho para as fotos que me mandaste, choro de saudades e imploro a Deus que me ponha do vosso lado. Quero muito poder abraçar-vos a todos, passearmos como antes. Morro de saudades de tudo o que nós fazíamos. Oh meu Deus que saudades!!
Como estará a vossa vida por ai agora que se aproxima o Natal, uma data em que eu não sei se estarei presente.
Se esta carta é a última não sei, não sei quando a minha próxima carta irá chegar, não sei também quanto tempo mais eu resistirei, não sei se a carta que acabarás de ler será a última.
Tenho tantas incertezas mas eu luto para um dia quando tudo acabar estar a teu lado e dos nossos filhos. Pode ser que demore mas vocês dão-me muita força.
Beijos e abraços de quem te ama demais,
Beijinhos filhotes, o pai ama-vos imenso.

Pedro Walters


PS: Responde e dá-me notícias boas. Amo-te.

FINALMENTE... AS CARTAS!!

França, 24 de Outubro de 1917

Para os meus familiares em Portugal


Cada dia que vai passando, vou pensando na maneira de chegar a casa são e salvo.
Não sei quando, não sei como, mas só penso em chegar a casa para vos ver a todos e aos amigos de quem tenho muitas saudades.
Sento-me sempre na trincheira com os meus companheiros de batalha e cada um de nós vai dizendo que quer voltar para a sua casa, perto da família que já não vê há algum tempo e que sentem muitas saudades dos pais, filhos, mulheres e amigos.
Cada dia vai passando muito lentamente… Um padre reza por nós, para irmos para o campo de batalha com Deus no coração, para pensarmos em coisas positivas, que nada nos acontecerá, que voltaremos sãos e salvos para casa para junto das nossas famílias.
Já passámos por duas fases da guerra - a guerra relâmpago e a das trincheiras. Passou-se de uma para a outra porque nós não conseguíamos avançar, nem os alemães. A Alemanha como não conseguia avançar sobre nós iniciou a guerra das trincheiras. As trincheiras são as nossas casas. Aí dormimos, combatemos, comemos e vigiamos.
A Rússia resolveu abandonar a guerra, porque estava a haver uma revolução no seu país. Muitos soldados foram mortos e perderam a fé nos seus chefes e nós ficámos sob pressão. Assim pensei… se a Rússia abandonou a sua posição, então qualquer país também o pode fazer. Comecei a sentir de novo a pressão… o medo… Voltei a pensar, de repente, como se estivesse a iniciar a guerra… de novo. Mas como os alemães atacavam os barcos americanos eles decidiram ajudarmos, pensei logo, vou salvar-me e vou para casa ver os meus familiares.
Esta guerra está a ter consequências horríveis. Já morreram imensos soldados, as terras estão todas destruídas e inundadas e alguns dos meus companheiros estão a ficar afectados psicologicamente. Ainda penso nos meus companheiros de guerra que foram mortos e penso que também eu poderia estar morto. Felizmente, ainda aqui estou!
Beijos para todos e espero que seja até breve,


Carlos Sany

domingo, 12 de outubro de 2008

MÃOS À OBRA! O NOSSO 1º TRABALHO A SÉRIO


Envia, rapidamente para o nosso blog, uma carta redigida por ti a um familiar (pai, mãe, irmão...), onde imagines que és um soldado da 1ª Guerra Mundial e te encontras a viver o horror das trincheiras. Relata o teu dia-a-dia e os teus sentimentos, de modo a que quem leia essa carta se sinta transportado para a realidade dessa guerra. Não esqueças que o teu texto deve obedecer às regras que presidem à redacção de uma carta.

BOM TRABALHO!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Caros alunos

De regresso às aulas!!

Mãos à obra!
Vamos construir este blog em conjunto para que possamos partilhar e aprofundar conhecimentos e ideias sobre a História, aprofundar e enriquecer a nossa comunicação oral e escrita, explorando o que a Língua Portuguesa tem de melhor e construir, assim, a nossa própria história, através dos nossos escritos, das fotos e vídeos por nós seleccionados, que representam a marca pessoal que vamos deixando, aos poucos, neste blog e na nossa escola!
DIVERTE-TE E VIVE A HISTÓRIA CANTANDO-A NA NOSSA LÍNGUA!!"