quinta-feira, 19 de março de 2009

VESTI A PELE DE SALAZAR...

Vesti a pele de Salazar... e imaginei que estava a governar Portugal entre 1932 e 1970.
Encontro-me, neste momento, no escritório a escrever mais um discurso a todos os Portugueses por forma a comunicar-lhes as ideias que tenho para elevar Portugal a um lugar cimeiro, de Grande Nação, que o foi e há-de continuar a ser futuramente.

Aqui ficam os nossos discursos, que irão ser lidos na Semana do 25 de Abril para todas as turmas do 2º e 3º ciclos da nossa Escola, conjuntamente com um poema sobre o 25 de Abril de 1974. O nosso objectivo é transmitir e fazer sentir aos nossos colegas o espírito que se viveu durante o Estado Novo, quando o regime político instaurado era uma ditadura e mostrar-lhes as diferenças essenciais que se verificaram no modo de viver e pensar após a Revolução de Abril!

No dia da nossa visita teremos um presente para oferecer a todos os alunos para que não esqueçam o nosso contributo em prol da liberdade e da democracia!

Não percamos mais tempo. Leiam os nossos discursos e façam comentários se acharem por bem fazê-los. Vivemos em democracia, somos livres de expressar a nossa opinião e o nosso pensamento, respeitando, bem entendido, a opinião e a dignidade dos outros.


Caros Portugueses, nobres filhos da Nação:

Hoje testemunhamos um dia de glória para a História portuguesa.
A verdade tem que ser dita: esta república é enganadora, guiou-nos à crise e retirou-nos o espírito de vitória previamente conquistado.
Em tempos difíceis, devemos retirar a incompetência do poder e chamar os competentes. Hoje, deu-se em Portugal, tal fenómeno. Hoje renasce Portugal, renasce a Pátria e renasce também uma Nação unida.
É preciso haver um partido único para que o país se fortaleça. A economia revitalizará quando todos obedecermos ao Estado. Para atingir o sucesso é preciso haver obediência.
A chave para o sucesso depende do cidadão: numa relação entre Estado e cidadão, a confiança e obediência são elementos cruciais.
Daqui em diante, a Nação, a Família e a Religião serão o mais importante na vida do indivíduo. Assim como o Estado tudo por vós fará, vós tudo por ele fareis.
Nada contra o Estado, nada fora do Estado e tudo pelo Estado!
António de Oliveira Salazar
Discurso de tomada de poder, 1932
(Texto de Idalberto Branca e Iromisa Landim, 9ºA)
Povo Português:

Em dez anos reduzi a dívida pública e consegui equilibrar o orçamento.
Mandei construir estradas, escolas primárias, hospitais, casas económicas e tudo mais que viram e vêem nascer e renascer. Criei ainda postos de trabalho e tudo isto em benefício da Nação, a pensar no povo português.
Quem trabalha presta serviço a si, à sua família e à sociedade. Ser económico não é ser avarento, a economia consiste em gastar só o que é necessário para o nosso bem-estar físico e moral, não é desperdiçar o dinheiro em prazeres ou comodidades dispensáveis.
Muitos portugueses morreram com o corpo atravessado por lanças, à mendiga de pão e água, deixavam-se morrer e isto porquê? Tudo pela Pátria.
Lembrai-vos que também há nomes portugueses em todos os continentes e de que a sua existência já enche oito séculos duma História gloriosíssima.
Se algum dia a Pátria vos chamar, vão em sua defesa, sem qualquer hesitação, dai-lhes o sangue e a vida.
Agradeço a todos os portugueses que ouviram certamente este discurso.
Asseguro-lhes que não tiro desse acto vaidade ou glória, mas aprecio a simpatia com que me acompanham.
António de Oliveira Salazar
(Texto de Bruna Vasques, 9ºB)

Caros Portugueses:

Vós fostes desorientados por ideias enganadoras que arrastaram o País para a desordem.O nosso exército era indisciplinado e todos vós assistíeis, constantemente, a lutas partidárias e só uma parte do exército é que se conservava fiel aos princípios do mais puro nacionalismo, só ela poderia salvar o país.
Por todos vós, Portugueses, comecei por construir estradas, escolas primárias, hospitais, casas económicas e portos. Depois, reparei monumentos e edifiquei liceus, escolas técnicas e quartéis. Construí barragens para a produção de electricidade e diversos edifícios públicos.Reformei o ensino, que passou a ser orientado pelos princípios da doutrina e moral cristãs e institui a Legião e a Mocidade Portuguesas, com o fim de estimular a devoção à Pátria.
E, para terminar, digo que com estas mãos carinhosas tomámos esta pobre Nação, morta de saudades, desalentada, escarnecida e fizemo-la reviver.

António de Oliveira Salazar

(Texto de Rúben Ferreira, 9ºB)

Povo Português,

Povo de grandes conquistas e batalhas. Venho, hoje aqui, comunicar os planos que tenho para Portugal.
Portugal é um grande país e, como tal, merece muito mais do que lhe tem sido dado.
Portugal teve governadores incompetentes que não souberam ver que era preciso uma política mais dura para acabar com a crise e com os problemas financeiros mas o Estado Novo vai resolver os problemas criados por esses governadores.
Devo informar que serão proibidos sindicatos e greves para que não se instale a confusão, pois essas situações podem ser suficientes para trazer a vitória aos nossos opositores, que não pretendem o desenvolvimento de Portugal, esses opositores que pretendem apenas a destruição de Portugal. Eles serão exilados, se preciso for, para que Portugal continue a crescer.
Será estabelecida também a censura. É importante que tudo seja feito com a maior discrição, com o objectivo de não passar informação que possa ser contra o desenvolvimento de Portugal.
Os Portugueses deverão ser dedicados ao trabalho, amar a Pátria, a família e a religião cristã: pois este é o verdadeiro ideal humano e é assim que todas as pessoas devem ser.
Serão criadas corporações para que haja harmonia entre os operários e os patrões porque só assim é que Portugal poderá evoluir em harmonia.
Nas escolas, as crianças serão ensinadas de acordo com estes ideais do governo para que mais tarde sejam grandes homens.
Será adoptada uma política económica de autarcia para que Portugal não tenha que importar e, assim, não teremos tantas dívidas e não seremos atingidos por crises.
E não nos podemos esquecer que devemos defender a nossa cultura, a nossa Pátria e as nossas conquistas, as colónias fazem parte de nós.
Quero acreditar que todos os Portugueses têm orgulho na sua terra e que lutam por ela cada dia que passa pois esta terra hoje nossa, será amanhã dos nossos filhos e dos nossos netos.
Tudo pela Nação! Nada contra a Nação!

António de Oliveira Salazar
(Texto de Thierry Guimarães, 9ºA)

Bravo Povo Lusitano,

Consegui reduzir a dívida pública e equilibrar o orçamento do país. Elaborei vários projectos como mandar construir hospitais, escolas primárias, casas económicas, fiz tudo para ajudar o povo português.
Um homem tem de sustentar a sua família, trabalhar para a família, não gastar o dinheiro em vícios.
A Pátria é tudo para os Portugueses. Temos muitos exemplos de soldados que morreram na guerra apenas a comer pão e água, para lutarem pela nossa Pátria. Portugal está espalhado por todo o mundo, foram oito séculos de História, com grandes aventuras por todo o mundo.

Viva a Pátria! Viva a Nação! Viva Portugal!

António de Oliveira Salazar
(Texto de Miguel Carapinha e Fernando Santos)

Meu povo Português,

Actualmente Portugal está sob uma crise financeira. Se acreditarem em mim e se estivermos juntos conseguiremos resolvê-la. Com esta crise Portugal vive maus momentos, necessitamos de fé para que possamos alcançar todos os nossos objectivos. E o principal é tornar Portugal mais poderoso como nunca antes fora.
Há cada vez menos postos de trabalho, fazendo com que haja pessoas que não tenham condições para se alimentar e, de tal forma, morrem à fome. Não havendo condições, a agricultura vai caindo a cada dia que passa. Não há produtividade, não há os frutos essenciais para a nossa saúde. Neste momento o nosso povo encontra-se desorientado com ideias enganadoras, e, assim sendo, arrasta-se pouco a pouco para a desordem. A república não resolveu os problemas do Estado português. Temos que acreditar no presente e resolver todos os problemas que Portugal está a viver, criando: quartéis, pontes, barragens, hospitais, edifícios públicos e dando novas oportunidades a Portugal para ultrapassar a crise em que se encontra.
Eu ,António de Oliveira Salazar, como Presidente do Conselho de Ministros irei resolver todos os nossos problemas, colocando Portugal numa situação de apogeu.
Meu povo, necessitamos de fé em Deus para que a sorte esteja do nosso lado, acreditar e dar tudo pela nossa Pátria de modo a que as famílias portuguesas vivam em paz e sem problemas.

António de Oliveira Salazar
(Texto de Amidel Barros e Carlos Sani, 9ºA)

Meu Povo Português,

Amai a Pátria, amai-a nos castelos, cujas pedras foram em tempos que já lá vão, tingidas de sangue português.
Depois de implantada a república em 1910, homens de fraca preparação para o governo, ficaram à frente do país, com um parlamento, que os partidos políticos desprestigiavam.
Portugal é a nossa Pátria, o país onde nascemos, vivemos e trabalhamos. Todas as profissões são honrosas, quando exercidas conscientemente.
O povo desorientado por enganadoras ideias deixava-se arrastar para a desordem.
No exército faltava disciplina e o povo assistia a constantes lutas partidárias. Era grande o desprestígio de Portugal no estrangeiro.
Amemos, pois a Pátria, nossa mãe adorável, que nos dá o mimo das suas riquezas e dos seus frutos, que nos enche a alma de alegria.
Com mãos carinhosas tomámos esta pobre Nação, morta de saudades desalentada, escarnecida, e fizemo-la reviver .
Tudo pela Nação! Nada contra a Nação!

António de Oliveira Salazar
(Texto de Patrícia Fernandes e Guilherme Sá)

Povo Português,

A vós que tendes vivido uma vida de dificuldades e de sofrimento, venho apresentar a minha vontade de operar uma mudança radical nas vossas vidas.
Preparai-vos e aproveitai todas as condições a que tendes direito, pois a partir de agora haverá hospitais, escolas. Haverá tudo o que os vossos filhos precisarem.
A palavra "trabalho" passará a fazer parte do vosso dia-a-dia, porque com o Estado Novo a taxa de desemprego diminuirá significativamente.
Aviso desde já a obrigação que todos nós temos de incutir nas nossas crianças o valor da nossa Nação e o orgulho que devem ter pela nossa Nação pois ela é a nossa vida, é a ela que devemos a nossa vida.
Termino este discurso, dizendo que também iremos fomentar a produção do cereal e na indústria crescerão os nossos sectores tradicionais (têxteis e conservas).

Obrigada pela vossa atenção.

António de Oliveira Salazar
(texto de Serafina Silva e Susana Rocha)

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